terça-feira, 14 de outubro de 2014

Domínios Morfoclimáticos

DOMÍNIO AMAZÔNICO

Devido a sua localização geográfica e vasta extensão territorial, o Brasil é um país que possui uma grande variedade de climas e, consequentemente, isso se reflete na formação de diferentes tipos de vegetação. A relação é importante para a prova de geografia do Enem, por isso, fique atento.
O conceito de domínios morfoclimáticos foi utilizado pelo geógrafo brasileiro Aziz Ab’Saber, cujo objetivo era fazer um levantamento da diversidade paisagística do território brasileiro. Esse conceito estabelece uma associação ou integração entre diferentes elementos, como: relevo, tipos de solo, clima, hidrologia e as formas de vegetação.
Domínios Morfoclimáticos (Foto: Colégio Qi)Domínios Morfoclimáticos (Foto: Colégio Qi)
Podemos identificar seis diferentes domínios morfoclimáticos e, entre eles, as chamadas faixas de transição.
Atualmente, o desmatamento é a grande preocupação em relação a esse domínio, que vem sendo destruído por várias atividades econômicas, entre elas: crescimento da atividade agrícola, principalmente pelo cultivo de soja, aumento do número de pastagens, implantação de projetos de mineração e a realização de atividade madeireira.
Domínio Amazônico
Localizado em sua maior parte na Região Norte do Brasil, esse domínio apresenta uma grande variedade de espécies animais e vegetais. 
O relevo é parte importante na distribuição geográfica desse domínio, pois como a área é formada por planícies e planaltos, podemos identificar três diferentes extratos na distribuição da vegetação:
- Igapó – área da floresta permanentemente alagada e onde encontramos espécies nativas como a vitória-régia, planta adaptada a essas condições de inundação.
- Mata de Várzea – áreas de inundações periódicas, de acordo com as cheias dos rios. Nesse extrato podemos destacar a presença de seringueiras (maniçoba e maçaranduba).
- Mata de Terra Firme – corresponde a áreas de terras mais altas onde encontramos árvores de grande porte, podendo atingir cerca de 65 metros. 
Domínio Amazônico (Foto: Reprodução/Brasil Turismo)Domínio Amazônico (Foto: Reprodução/Brasil Turismo)
Atualmente, o desmatamento é a grande preocupação em relação a esse domínio, que vem sendo destruído por várias atividades econômicas, entre elas: crescimento da atividade agrícola, principalmente pelo cultivo de soja, aumento do número de pastagens,  implantação de projetos de mineração e a realização de atividade madeireira. 

MARES DE MORRO

Localizada ao longo do litoral brasileiro, o domínio de mares de morros recebe esse nome em função de sua estrutura geológica. Formada por dobramentos cristalinos da Era Pré-Cambriana, esse relevo sofreu intensa ação erosiva ao longo dos milhões de anos, o que contribuiu para a formação de morros com vertentes arredondadas, chamadas de “morros em meia-laranja”.
Morros em "meia-laranja" (Foto: Wikimedia Commons)Morros em "meia-laranja" (Foto: Wikimedia Commons)
A vegetação característica desse domínio é a Floresta Tropical Úmida ou Mata Atlântica, que possui cerca de 20 mil espécies de plantas, das quais 8 mil são consideradas endêmicas. 
Essa foi, com certeza, a vegetação que mais sofreu os efeitos da devastação ambiental, promovida desde o período colonial até os dias de hoje. Os principais fatores responsáveis por essa destruição foram:
- a extração de Pau-Brasil, realizada pelos portugueses;
- a expansão das atividades agrícolas;
- o crescimento urbano-industrial.
Como consequência desse processo de destruição, dos 100% da mata original resta hoje apenas cerca de 7%, distribuídos em blocos isolados ao longo do litoral. É comum que esses fragmentos sejam encontrados apenas em áreas de difícil acesso, como em encostas íngremes.

CERRADO

O cerrado estende-se, em sua maior parte, pelos planaltos e chapadões do Centro-Oeste brasileiro. O cerrado típico é formado de arbustos e árvores de médio porte que, em geral, apresentam-se bem afastados uns dos outros. Os troncos e galhos possuem um aspecto retorcido e com casca bastante grossa.
As queimadas, ao contrário do que muitos imaginam, para esse tipo de domínio é de certa forma importante, pois contribuem para a reciclagem de nutrientes e, consequentemente, fazem surgir novas espécies após a passagem do fogo.
Após a década de 1950, o cerrado passou por um intenso processo de degradação ambiental, associado à abertura de rodovias e a construção de Brasília. 

Cerrado original e em 2002 (Foto: Reprodução/ISPN)Cerrado original e em 2002 (Foto: Reprodução/ISPN)
A expansão da fronteira agrícola é outro fator determinante para a ampliação do desmatamento. O cultivo da soja e a utilização de áreas do cerrado como pastagem contribuíram de maneira significativa para a ocorrência desse problema ambiental.

CAATINGA

Caatinga (Foto: Reprodução/Colégio Qi)Caatinga (Foto: Reprodução/Colégio Qi)
Característica do sertão nordestino, esse tipo de domínio é específico dessa região, pois se relaciona diretamente ao clima semiárido, que apresenta baixos índices pluviométricos.
Essa vegetação é formada por plantas xerófilas, que são adaptadas a ambientes de clima seco e possuem a capacidade de armazenar água em seu interior. Além disso, os espinhos desses tipos de planta substituem as folhas, o que possibilita uma menor perda de água para o meio externo.
Depois da Mata Atlântica e do cerrado, a caatinga é o domínio morfoclimático mais alterado do Brasil, muito em função da utilização dessa região para a prática da agricultura e da criação de animais.

MATA DAS ARAUCÁRIAS

Localizada nas áreas de altitude da Região Sul do Brasil, a Mata das Araucárias ou dos Pinhais está associada a uma região de clima subtropical e, portanto, com temperaturas mais baixas se comparadas com as demais regiões do país.
Araucárias (Foto: Reprodução)Araucárias (Foto: Reprodução)
O pinheiro-do-paraná, formação vegetal predominante, é uma das árvores nativas da região. Sua utilização, ao longo do século XIX, principalmente por imigrantes italianos e alemães, estava associada à construção de casas e móveis. 
Restam hoje menos de 10% da mata original, principalmente em razão da utilização da madeira pelas indústrias de papel e celulose e moveleira.

PRADARIAS

Pampas gaúchos (Foto: Reprodução/Colégio Qi)Pampas gaúchos (Foto: Reprodução/Colégio Qi)
Também conhecido por Pampa ou Campanha Gaúcha, esse domínio é composto por uma vegetação rasteira, formada por herbáceas e gramíneas.
Localizado no sul do país, em especial no estado do Rio Grande do Sul, essa região exibe relevo suavemente ondulado (coxilhas), onde se desenvolvem práticas como a pecuária extensiva e a agricultura da soja e do trigo. O pisoteio constante do gado e a prática da monocultura, respectivamente, têm levado à compactação e à redução da fertilidade do solo, gerando áreas desertificadas.
fonte: http://educacao.globo.com/geografia/assunto/geografia-fisica/dominios-morfoclimaticos.html  acesso em 15/10/2014 às 00h26

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Atividade a ser realizada a partir do filme "12 anos de Escravidão"

ROTEIRO PARA ANÁLISE DE FILMES
Data:___/___/___


1.   IDENTIFICAÇÃO
Aluno(a):______________________________________________________________
Disciplina:_____________________________________________________________

2.     FICHA TÉCNICA DO FILME
Titulo do filme:__________________________________________________________
Atores principais:________________________________________________________
Direção:________________________Produção_______________________________
Ano:___________________________Duração________________________________

3.     GÊNERO DO FILME:
(   )Histórico   (   )Comédia   (   )Ficção   (   )Romance   (   )Animação
(   )Documento   (   )Drama   (   )Suspense   (   )Ação   (   )Outros

4.     A LINGUAGEM PREDOMINANTE É:
(   )Formal          (   )Informal

5.     GRAU DE ENTENDIMENTO:
(   )Fácil              (   )Razoável         (   )Difícil

6.     VALORES CINEMATOGRÁFICOS:
Assinale com um X as letras O (Ótimo), B (Bom), M (Médio), F (Fraco) de acordo com o seu julgamento, quando aos aspectos do filme:
Música (   ) O (   ) B (   ) M (   ) F         Fotografia (   ) O (   ) B (   ) M (   ) F

Cenários (   ) O (   ) B (   ) M (   ) F       Efeitos     (   ) O (   ) B (   ) M (   ) F

Diálogos  (   ) O (   ) B (   ) M (   ) F       Enredo    (   ) O (   ) B (   ) M (   ) F

7.     TEMAS ABORDADOS:
(   ) Culturas           (   ) Científicos          (   ) Políticos         (   ) Religiosos
(   ) Psicológicos    (   ) Outros:__________, __________, __________

8.     ENREDO (SÍNTESE) :
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

9.     IDÉIA OU MENSAGEM CENTRAL DO FILME:
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________


10.  CENA DE MAIOR IMPACTO. JUSTIFIQUE:
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

11.  CONTRIBUIÇÃO DO FILME PARA O ESTUDO AS DISCIPLINA:
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12.  RELACIONE AS CONTRIBUIÇÕES DO FILME PARA SUA FORMAÇÃO:
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Auxílio para preenchimento:
Enredo: é o encadeamento de ações executadas ou a executar pelos personagens. O enredo, ou trama, ou intriga, é podemos dizer, o esqueleto da narrativa, aquilo que dá sustentação à história, ou seja, é o desenrolar dos acontecimentos. Geralmente, o enredo está centrado num conflito, responsável pelo nível de tensão da narrativa. O enredo pode ser organizado de várias formas. Observe a mais comum:
·         Situação Inicial – os personagens e espaço são apresentados.
·         Quebra da Situação Inicial – um acontecimento modifica a situação apresentada.
·         Estabelecimento de Um Conflito – Surge uma situação a ser resolvida, que quebra a estabilidade de personagens e acontecimentos.
·         Clímax – ponto de maior tensão na narrativa.
·         Epílogo – solução do conflito. Observação. : essa solução não significa um final feliz.

Fonte: Wikipédia  

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Transposição do Rio São Francisco





O projeto de transposição do Rio São Francisco é um tema bastante polêmico, pois engloba a suposta tentativa de solucionar um problema que há muito afeta as populações do semi-árido brasileiro, a seca; e, ao mesmo tempo, trata-se de um projeto delicado do ponto de vista ambiental, pois irá afetar um dos rios mais importantes do Brasil, tanto pela sua extensão e importância na manutenção da biodiversidade, quanto pela sua utilização em transportes e abastecimento.

Mapa dos pontos de transposição do Rio São Francisco no Nordeste.
Mapa dos pontos de transposição do Rio São Francisco no Nordeste.
Rio São Francisco nasce na Serra da Canastra em Minas Gerais e, depois de passar por cinco Estados brasileiros e cerca de 2,7 mil km de extensão, deságua no Oceano Atlântico na divisa entre Sergipe e Alagoas.
Considerado o “rio da unidade nacional”, o Velho Chico, como também é chamado, passa por regiões de condições climáticas as mais diversas. Em Minas Gerais, que responde por apenas 37% da sua área total, o São Francisco recebe praticamente todo o seu deflúvio (cerca de 75%) sendo que nas demais regiões por onde passa o clima é seco e semi-árido.
O projeto de transposição do São Francisco surgiu com o argumento sanar essa deficiência hídrica na região do Semi-Árido através da transferência de água do rio para abastecimento de açudes e rios menores na região nordeste, diminuindo a seca no período de estiagem.
O projeto é antigo, foi concebido em 1985 pelo extinto DNOS – Departamento Nacional de Obras e Saneamento, sendo, em 1999, transferido para o Ministério da Integração Nacional e acompanhado por vários ministérios desde então, assim como, pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.
O projeto prevê a retirada de 26,4m³/s de água (1,4% da vazão da barragem de Sobradinho) que será destinada ao consumo da população urbana de 390 municípios do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte através das bacias de Terra Nova, Brígida Pajeú, Moxotó, Bacias do Agreste em Pernambuco, Jaguaribe, Metropolitanas no Ceará, Apodi, Piranhas-Açu no rio Grande do Norte, Paraíba e Piranhas na Paraíba.
Eixo Norte do projeto, que levará água para os sertões de Pernambuco, Paraíba, Ceará e rio Grande do Norte, terá 400 km de extensão alimentando 4 rios, três sub-bacias do São Francisco (Brígida, Terra Nova e Pajeú) e mais dois açudes: Entre Montes e Chapéu.
Eixo Leste abastecerá parte do sertão e as regiões do agreste de Pernambuco e da Paraíba com 220 km aproximadamente até o Rio Paraíba, depois de passar nas bacias do Pajeú, Moxotó e da região agreste de Pernambuco.
Ambos os eixos serão construídos para uma capacidade máxima de vazão de 99m³/s e 28m³/s respectivamente sendo que, trabalharão com uma vazão contínua de 16,4m³/s no eixo norte e 10m³/s no eixo leste.
Por outro lado, a corrente contra as obras de transposição do Rio São Francisco afirma que a obra é nada mais que uma “transamazônica hídrica”, e que além de demasiado cara a transposição do rio não será capaz de suprir a necessidade da população da região uma vez que o problema não seria o déficit hídrico que não existe, o problema seria a má administração dos recursos existentes uma vez que a maior parte da água é destinada a irrigação e que diversas obras, que poderiam suprir a necessidade de distribuição da água pela região, estão há anos inconclusas.
Para se ter uma idéia, o nordeste é a região mais açudada do mundo com 70 mil açudes nos quais são armazenados 37 bilhões de m³ de água. Portanto, o problema da seca poderia ser resolvido apenas com a conclusão das mais de 23 obras de distribuição que estão paradas nos municípios contemplados pela obra de transposição a um custo muito mais barato e viável do que a transposição do maior rio inteiramente nacional.

Fontes
http://ambientebrasil.com.br
http://www.carbonobrasil.com
http://www.manuelzao.ufmg.br
http://www.integracao.gov.br 
Ilustração: http://www.ecodebate.com.br/2012/08/06/tcu-aponta-irregularidades-e-indicios-de-superfaturamento-em-obras-da-transposicao-do-rio-sao-francisco/

e, http://www.infoescola.com/hidrografia/transposicao-do-rio-sao-francisco/   acesso em 09/09/14 às 10h19

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Vegetação: classificação e tipos de vegetação

Vegetação: classificação e tipos de vegetação


Podemos definir a vegetação como sendo a cobertura vegetal natural de uma determinada região. A vegetação de uma região depende muito de outros aspectos da ge­ografia física, como o relevo, o solo e, principalmente, o clima. Dos elementos do clima, aquele que mais interfere no porte e na densidade dos vegetais é a umidade. Por isso mesmo, podemos classificar a vegetação de acordo com o hábitat natural do vegetal em:
higrófilas: são formações vegetais típicas de regiões úmidas. Possuem folhas largas e perenes (latifoliadas), para facilitar a transpiração (florestas tropicais).
xerófilas: aparecem em regiões de clima seco. Nesse caso, os vegetais se adaptam à falta de chuva, substi­tuindo as folhas por espinhos, perdendo a folhagem ou cobrindo-a com uma cera que pode impermeabilizar a folha, evitando a evaporação (cactos e outros vegetais da caatinga brasileira).
Os vegetais xerófilos também possuem raízes profundas ou então uma multirradicação que permite otimizar o aproveitamento da água que infiltra no subsolo.
tropófilas: vegetais que vivem em climas com alternância de pluviosidade (um período chuvoso e outro seco). Nesse caso, os vegetais perdem a folhagem na estação seca do ano e são chamados vegetais caducifolios ou caducos.
Confira abaixo os tipos de vegetação existentes no mundo:
Tipos de vegetação no mundo

Vegetação Arbórea

Florestas equatoriais

Floresta amazônica
Aparecem em áreas de clima equatorial. São formações higrófilas, latifoliadas e heteroclitas (apresentam grande heterogcneidade de espécies). Recobrem cerca de 40% do território brasileiro, consti­tuindo uma das mais vastas áreas florestais contínuas do mundo.
Recebem várias denominações: latifoliada (folha larga); hiléia, do grego hylaia = "da floresta" (nome dado por Humboldt); floresta equatorial, por causa do clima equatorial; floresta-pluvial, em virtude dos elevados índices pluviométricos que caracterizam as regiões.
Possuem uma variedade enorme de espécies vegetais e é uma floresta fechada.

Florestas tropicais

Aparecem, em climas tropicais úmidos e se assemelham bastante às florestas equatoriais. No Brasil, estão representadas pela mata Atlântica, que ocupa grandes extensões de terra, desde o Nordeste até o Paraná e alguns trechos de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A mata Atlântica brasileira sofreu grandes desmatamentos, so­bretudo em virtude da penetração da cafeicultura em Minas Gerais e, principalmente, em São Paulo e no norte do Paraná.
Possui, em muitos trechos, vegetação imponente, com árvores de 25 a 30 m de altura, como perobas, paus-d'alho, figueiras e cedros.

Floresta temperada de Ontário no Canadá

Florestas temperadas

Aparecem nos climas temperados menos frios, são bosques de árvores frondosas e espaçadas, que possuem a propriedade caducifolia de perda da folhagem nas estações secas ou muito frias. São também cha­madas de florestas caducas. A Floresta de Sherwood da Inglaterra (aquela de Robin Wood) é um exemplo desse tipo de formação.
Na figura ao lado pode-se observar a floresta temperada de Ontário no Canadá. As árvores perdem as folhas no outono para suportar o frio do inverno.

Florestas de coníferas 

Aparecem em regiões de clima temperado, nas áreas mais frias, que possuem pelo menos três meses cober­tos de gelo. Possuem árvores espaçadas, com copa em forma de cone e folhas agulhadas (aciculifoliadas). Pos­suem poucas espécies diferentes, formando uma floresta homogênea, como o pinho canadense, por exemplo.
Floresta de coníferas
Merece destaque um tipo de conífera que é a taiga siberiana, pois é considerada como a formação arbórea mais resistente a climas frios. No hábitat natural da taiga, o solo fica coberto de neve durante seis meses.
As coníferas são muito cobiçadas, por causa do aproveitamento da sua madeira, excelente para a fabricação da celulose vegetal. 
No Brasil, a floresta de coníferas está representa­da pela "mata de araucária", também denominada pinheiro-do-paraná. É encontrada desde o norte do Rio Grande do Sul até a porção sul do estado de São Paulo, cobrindo porções do planalto Meridional. Entretanto é no Paraná e em Santa Catarina que essa formação é encontrada de forma contínua.
Recebe o nome de aciculifoliada em virtude de suas folhas pontiagudas e de araucária graças à abundância da conífera araucária angustifólia (nome científico dado ao pinheiro-do-paraná).
Em virtude de altitudes mais elevadas, da serra da Mantiqueira, no estado de Minas Gerais, existem também os pinheiros.
Essa formação vegetal é largamente explorada, pois o pinheiro fornece a madeira mole, que é o pinho, de grande comercialização. Entretanto o seu desmatamento também foi intenso, exigindo, por conseguinte, uma eficaz fiscalização e incentivos ao reflorestamento.

Mata dos cocais

Babaçu - mata dos cocais
A área de ocorrência dos cocais localiza-se entre a floresta Amazônica, a oeste, a caatinga (vegetação do sertão nordestino), a leste, e o cerrado, ao sul. Loca­liza-se, portanto, numa área de transição entre o clima úmido da Amazônia, o clima semi-árido do Nordeste e o clima menos úmido do planalto Central.
Abrange vastas áreas do Maranhão, Piauí e norte de Goiás, predominando nos trechos de solos úmidos e dos vales fluviais, como é o caso dos rios Mearim, Pamaíba e outros da região do meio-norte.
A mata dos cocais recebe este nome porque é forma­da por duas palmeiras: o babaçu e a carnaúba, que são produtos extrativos importantes para a região.
Dentro da região do meio-norte, onde aparece a mata dos cocais, o babaçu fica mais concentrado no Maranhão, enquanto a carnaúba fica mais concentrada no Piauí.

Matas galerias ou ciliares

As matas galerias correspondem a pequenas flores­tas alongadas que se desenvolveram ao longo dos rios, aproveitando a umidade do solo. São encontradas nas regiões de cerrado, de campos e mesmo de florestas.


Vegetação Arbustiva

Savana Africana

Savanas

A savana é uma formação vegetal formada por ar­bustos espalhados e com uma composição gramínea de base. Aparece bordejando as florestas equatoriais, em climas tropicais típicos, com uma estação seca e outra chuvosa. É o hábitat natural dos animais de grande porte da África. No Brasil, a savana está representada pelo cerrado.

Cerrado 

Predomina em quase todo o Brasil Central, parte de Minas Gerais, parte ocidental da Bahia e sul do Maranhão, nas áreas onde o clima apresenta duas estações bem marcadas, uma seca e outra chuvosa. Além disso, apresenta-se em forma de manchas em vários pontos do território, como é o caso dos estados de São Paulo e Paraná.
O cerrado tem sido utilizado pela pecuária há mui­to tempo. Entretanto, nos últimos anos, ele tem sido ocupado pela agricultura, com êxito.

Caatinga

Caatinga
Localiza-se na região de clima semi-árido do Nordes­te brasileiro e é constituída de vegetais xerófilos, como é o caso das cactáceas (mandacaru e xique-xique).
Apresenta grande heterogeneidade quanto ao aspecto e à composição vegetal. Em certos trechos, forma uma mata rala ou aberta (de caá = "mata" e tinga = "branco"), e em outros o solo apresenta-se quase a descoberto, possuindo arbustos isolados.
Na época das secas, as plantas da caatinga perdem suas folhas, o que constitui uma adaptação das plantas às condições climáticas, fazendo com que a planta di­minua a transpiraçao e evite, assim, a perda de água armazenada. Basta caírem as primeiras chuvas no sertão para que a caatinga readquira o verde, quando é utilizada pela pecuária extensiva e rudimentar.

Complexo do pantanal

Recobre a planície do pantanal Mato-Grossense. E uma formação vegetal que possui espécies vegetais da floresta, dos campos, do cerrado e mesmo plantas xerófilas da caatinga. Constitui importante área de criação de gado, além do extrativismo vegetal.

Manguezais

Formações litorâneas

Ocorrem ao longo de todo o litoral brasileiro, apresen­tando ora vegetação de praias e dunas, ora vegetação de mangue. A vegetação de mangue (ou manguezais) é a que se forma nas reentrâncias da costa (baías, estuários). Por se tratar de uma área com solo salino e deficiente de oxigênio, pois as marés alcançam tais tipos de áreas, as plantas tive­ram que desenvolver vários dispositivos moríofísiólógicos para absorverem o oxigênio. E o caso das raízes aéreas. São classificadas como halófilos e higrófiios.

Vegetação Herbácea

Campos temperados ou pradarias

Campos
Como diz o próprio nome, tais tipos de formações caracterizam-se pela predominância de gramíneas, cuja altura varia de 10 a 50 cm, aproximadamente. Além disso, surgem subarbustos, sendo que os arbustos são mais raros. São formações herbáceas contínuas e aparecem geralmente em climas temperados, nas áreas de planícies.
Quando ocorre o predomínio das gramíneas, for­mam-se os campos limpos; quando ocorrem os arbustos, formam-se os campos sujos.
No Brasil, os campos limpos surgem desde o sul do estado de São Paulo até o Rio Grande do Sul, onde são denominados campos da campanha gaúcha. Ocupam o planalto Meridional e constituem excelentes áreas para a criação de gado, como é o caso também dos campos de vacaria, no Mato Grosso do Sul.

Estepes

São formações herbáceas descontínuas que se caracterizam por apresentar "moitas" espalhadas de ervas. Aparecem em climas semi-áridos, geralmente nas bordas dos desertos, onde servem para o pastoreio de animais adaptados a estas regiões.

Tundra

Vegetação rasteira, constituída de musgos e liquens. Aparecem em climas subpolares, em regiões onde o solo está coberto de neve por, pelo menos, nove meses. Nos três meses de verão, a tundra nasce e tem um ciclo de vida muito curto. Serve para o pastoreio de animais das regiões subpolares no período do verão.

Por: Paulo Magno da Costa Torres.

Fonte: http://www.coladaweb.com/geografia/vegetacao-classificacao-e-tipos-de-vegetacao    acesso em 30/04/2014 às 16h40