terça-feira, 27 de março de 2012


Projeções cartográficas

Cilíndrica, cônica e azimutal

Cláudio Mendonça*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
A representação mais precisa da superfície da Terra é o globo. A representação por meio de mapas, sempre acarretará distorções. Não existem projeções melhores ou piores. Cada uma se adapta a determinadas finalidades. Mas nenhuma resolve o problema da representação da curvatura da Terra numa superfície plana.

Para ser feita, a representação emprega um sistema de projeções cartográficas baseadas em relações matemáticas e geométricas. Apesar dos problemas que todas apresentam, sem essas projeções seria impossível a reprodução plana do globo terrestre.

As três projeções mais usadas são a cilíndrica, a cônica e a azimutal.

Projeção cilíndrica

Esta representação é obtida com a projeção da superfície terrestre, com osparalelos e os meridianos, sobre um cilindro em que o mapa será desenhado.

Ao ser desenrolado, apresentará sobre uma superfície plana todas as informações que para ele foram transferidas.

Nem todas as projeções cilíndricas são iguais. A projeção cilíndrica conforme conserva a forma dos continentes, direções e ângulos, mas altera a proporção das superfícies, como é o caso da primeira projeção elaborada por Mercator.



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Gerard Mercator (1512-1594) desenvolveu seu trabalho, durante as grandes navegações do século 14. Do continente europeu partiram navios para a ÁfricaAmérica e Ásia. A projeção é a mais apropriada à navegação marítima e mostra uma visão eurocêntrica do mundo.


Com o objetivo de aperfeiçoar as características da projeção de Mercator nas superfícies das regiões de alta latitude, Arthur H. Robinson criou a sua projeção, em 1963.

Com Robinson, os meridianos são colocados em linhas curvas, em forma de elipses que se aproximam quanto mais se afastam da linha do Equador. É a projeção mais usada nos atlas atuais.


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A projeção equivalente preserva o tamanho real da superfície representada, mas não mantém as formas, direções e ângulos, como é o caso da projeção de Peters.



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O mapa-múndi de Peters valoriza os países subdesenvolvidos, colocando-os em destaque ao representá-los com os seus tamanhos proporcionais. Ele projeta em linguagem cartográfica a idéia de igualdade entre as nações.


O cartógrafo alemão Arno Peters (1916-2002) considerava que os mapas eram uma das manifestações simbólicas da submissão dos países do Terceiro Mundo.

Peters combateu a imagem de superioridade dos países do Norte representada nos planisférios derivados da projeção de Mercator. Seu pressuposto de que todos os países deveriam ser retratados no mapa-múndi de forma fiel a sua área, dá destaque os países subdesenvolvidos.



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Para reforçar ainda mais os princípios norteadores da projeção de Peters, alguns cartógrafos inverteram a posição convencional dos mapas.


Projeção cônica

Um cone imaginário em contato com a esfera é a base para a elaboração do mapa. Os meridianos formam uma rede de linhas retas convergentes nos pólos e os paralelos formam círculos concêntricos.

Essa projeção é utilizada para representar partes da superfície terrestre, como o trecho de um continente.



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Na projeção cônica, as distorções próximas ao paralelo de contato com o cone são pequenas e aumentam à medida que as superfícies representadas se distanciam desse paralelo.


Projeção plana ou azimutal

O mapa numa projeção azimutal é construído sobre um plano tangente a um ponto qualquer da esfera terrestre. Este ponto ocupa sempre o centro do mapa.

A projeção azimutal é usada, em geral, para representar as regiões polares e suas proximidades e para localizar um país na posição central, tornando possível o cálculo de sua distância em relação a qualquer ponto da superfície terrestre. O emblema da ONU é uma projeção azimutal.



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As deformações são pequenas nas proximidades do ponto de tangência, mas aumentam com o distanciamento deste ponto.

*Cláudio Mendonça é professor do Colégio Stockler e autor, para o ensino médio, de "Geografia geral e do Brasil" e "Território e sociedade no mundo globalizado".

Outras Definições...
Fonte: Caderno do aluno da SEE/SP - 1º ano do EM, Vol 01 p. 14.

Sujeito e Predicado - 1os A,B


Sujeito e Predicado

O sujeito e o predicado são termos essenciais da oração, pois deles resulta a estrutura básica das orações da língua. 


Sujeito: é o termo de quem ou de que se diz algo.
Ex: Paula viaja muito para o nordeste. (Paula – ser de quem se fala = sujeito)


Predicado: é aquilo que se diz do sujeito.
Ex: O dia encerra-se triste. (encerra-se triste – o que se fala do sujeito = predicado)


Tipos de sujeito: 
- Sujeito determinado: é o que ocorre quando a terminação do verbo e o contexto permitem reconhecer que existe um elemento ao qual o sujeito se refere e identificar esse elemento.


O sujeito determinado pode ser classificado em:


 Sujeito simples: é o que apresenta um só núcleo.
Ex: Fernanda foi ao cinema.


• Sujeito composto: é o que apresenta dois ou mais núcleos.
Ex: Eduardo e Mônica se casaram.


Sujeito indeterminado: é o que não pode ser identificado, apesar de existir.
Ex: Falaram de tudo na reunião.


O sujeito indeterminado ocorre em duas situações:


• Verbo na 3ª pessoa do plural:
Ex: Dizem maravilhas sobre você.


• Verbo na 3ª pessoa do singular e acrescido do pronome se (índice de indeterminação do sujeito):
Ex: Precisa-se de profissionais que saibam usar o computador.