segunda-feira, 20 de agosto de 2012

2 ano EM - Os Rebanhos Brasileiros e a Agropecuária...


Os rebanhos brasileiros
Bovinos


O Brasil, com um total de mais de 154 milhões de cabeças, está entre os primeiros criadores mundiais.
O crescimento da bovinocultura é estimulado pela ampliação do mercado interno e pelo aumento da demanda internacional. Todavia, esse crescimento é mais de ordem numérica que qualitativa.
O Centro-Oeste foi a região em que a bovinocultura teve o crescimento mais expressivo nas últimas décadas, favorecido pela natureza do cerrado. O Norte tem mais dificuldades, mesmo assim o número de bovinos vem aumentando muito.
No Centro-Sul, o crescimento é acompanhado de melhoria de qualidade. Nas regiões Sul e principalmente Sudeste, a pecuária leiteira ganha cada vez mais espaço.
Quanto à distribuição regional do rebanho brasileiro, destacam-se o Centro-Oeste (31,6%), o Sudeste (23,5%), o Nordeste (17,5%) e o Sul (16,4%).

Suínos


A suinocultura é o segundo rebanho do país, cresceu lentamente nas últimas décadas em relação a bovinocultura.
Contudo na região Sul, tem-se obtido uma significativa melhoria na qualidade dos animais. Ao mesmo tempo, a antiga criação do porco-banha, foi substituída pela criação de raças destinadas à produção de carne. A suinocultura desenvolveu-se com a instalação de frigoríficos na região e a criação tornou-se comercial.
Além dos três estados sulinos, que são os maiores criadores, a suinocultura tem grande destaque em Minas Gerais, Bahia e São Paulo.

Ovinos


A ovinocultura é praticada em grande escala no Rio Grande do Sul, onde as condições são as mais favoráveis do país. A criação é associada com a pecuária de corte na Campanha.

Outros rebanhos


Embora considerados secundários em termos nacionais, assumem importância regional, como os caprinos, os assininos e os muares no Nordeste, e os eqüinos nas áreas tradicionais de pecuária.

Aves


A partir da década de 1960, a criação de aves desenvolveu-se muito.
A criação deixou de ser uma atividade de "fundo de quintal" e assumiu um caráter comercial. Com isso, a produção de carnes e ovos cresceu substancialmente.

O espaço agrário em transformação

As recentes transformações do espaço agrário brasileiro são representadas principalmente pela modernização das atividades e pela ampliação das fronteiras agrícolas.
Apesar da ampliação da área total ocupada por estabelecimentos rurais em relação à superfície do país, pode-se dizer que o território brasileiro ainda é subaproveitado, pois a metade dele não está incorporada à economia nacional.
Na Europa e nos Estados Unidos, as transformações do espaço agrário estiveram ligadas às novas imposições do capitalismo monopolista no início do século. No Brasil, essa fase do capitalismo desenvolveu-se somente após a década de 1950. Além de tornar a agricultura grande consumidora de produtos industriais, passaram a adquirir terras e investir capital também no campo.
O Estado tornou-se um importante agente econômico, regulamentando o mercado de trabalho, incentivando a expansão das grandes indústrias.
Diversas medidas governamenntais estimularam a modernização da agropecuária brasileira, tais como:
  • Facilidades concedidas às empresas para obtenção de empréstimos bancários e incentivos a certas lavouras;
  • Incentivos para a compra de terras no Centro-Oeste e Amazônia.

A expansão intensiva da agropecuária


As áreas de expansão intensiva concentram-se principalmente no Centro-Sul do país.
Já na década de 1970 as regiões Sudeste e Sul caracterizavam-se por um grande aproveitamento da superfície agrícola, apresentando elevados índices de mecanização. Os pioneiros da modernização agrícola foram São Paulo e Rio Grande do Sul. A partir do final da década a mecanização foi-se ampliando para outras regiões.
No Centro-Oeste, a agricultura brasileira incorporou extensas áreas de cerrado no planalto Central, onde a topografia plana favorece a mecanização. O problema do uso desses insumos modernos é a ameaça que eles podem representar ao equilíbrio do meio ambiente, por conterem substâncias tóxicas. As mesmas substâncias podem causar o envenenamento das pessoas que com elas trabalham, além de comprometer a própria saúde dos consumidores.


Fonte:http://netopedia.tripod.com/geogra/rebanhos_brasileiros.htm  acesso em 20/08/12 às 14h29



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As características da Agropecuária




Atualmente, as atividades praticadas na zona rural já não são mais necessariamente pecuária e agricultura, algumas atividades têm modificado a configuração das relações de produção econômica no campo. Na área rural tem crescido alguns tipos de estabelecimentos como: Hotéis fazenda, spas, clínicas de repouso, clubes de pescas, ecoturismo etc. 

Agrossistemas

Consolidam-se nos tipos de cultivo ou de criação que serão produzidas as espécies de plantas e/ou raças de animais, assim como as técnicas envolvidas na produção agrícola ou na pecuária, além de analisar o tamanho das propriedades rurais e o nível tecnológico.

Classificação dos Agrossistemas


As propriedades rurais são classificadas segundo o nível tecnológico aplicado na pecuária e agricultura, com isso os Agrossistemas podem ser:


Pecuária Tradicional: Criação de gado sem preocupação com a genética, com a saúde animal, com a qualidade das pastagens, os animais são criados soltos em grandes áreas sem receber maiores cuidados e com baixa produtividade.

Pecuária Moderna: E a criação a partir de cuidados com a genética, analisando as vantagens da criação de uma determinada raça, utilização de medicamentos, além de acompanhamento de um veterinário. Nesse sistema de criação a área pastoril é de pastagens de qualidade e com elevado índice de produtividade.

Agricultura Tradicional: É o cultivo de uma determinada cultura sem utilização de defensivos agrícolas, as sementes não são selecionadas, não há correção de solo, as técnicas praticadas são rudimentares, como arado de tração animal, com produção baixa pela falta de modernização.

Agricultura Moderna: É o cultivo intensivo, ou seja, alta produtividade em menos terras cultivadas, isso ocorre porque a produção é estruturada nas mais modernas técnicas e máquinas. Nesse tipo de produção é realizada primeiramente a correção do solo, são observadas as previsões do tempo para executar o plantio, as sementes são selecionadas, imunes a pragas e também são adaptadas ao clima, aplicação de fertilizantes, além do acompanhamento de um agrônomo, o trabalho de plantio e colheita é realizado por modernos tratores e colheitadeiras, garantindo alta produtividade.


Os agrossistemas são analisados também a partir do tamanho das propriedades rurais, podendo ser: latifúndio (grandes propriedades rurais com mais de 200 hectares), minifúndio (são pequenas e médias propriedades rurais).


Plantations

São grandes propriedades rurais monocultoras, ou seja, cultivam uma única cultura com produção destinada à exportação. As plantations são heranças do período colonial de vários países das Américas, África e Ásia, pois no período colonial eram responsáveis pela produção de produtos tropicais muito apreciados na Europa. Nas plantations a mão de obra era escrava, exploravam negros trazidos da África.


Agricultura Itinerante

Esse tipo de agricultura consiste no plantio de roças, onde o local cultivado é queimado ou retira-se a vegetação, os meios de produção são rudimentares, os solos geralmente são pobres; quando a área cultivada esgota-se, outra área é procurada.
A produção da agricultura itinerante é voltada ao abastecimento do mercado local, mas a intenção principal é a subsistência.


Agricultura de Jardinagem

Praticado principalmente na rizicultura (plantio de arroz), essa prática tem ocorrido há vários séculos na Ásia.
As áreas cultivadas são minifúndios e o trabalho é manual e bastante minucioso (por isso o nome jardinagem), a produção é comercializada com a população.


Pastoreio Nômade

Consiste na produção extensiva da pecuária, os animais são levados a percorrer caminhos em busca de ares que ofereçam água e pastagens, essa locomoção é constante. A produção, geralmente muito baixa, é destinada à manutenção das famílias (subsistência) e o restante é comercializado no mercado.


Revolução Verde

A Revolução Verde foi uma evolução tecnológica que ocorreu no meio rural a partir da década de 60, foi possível devido ao incremento tecnológico que favoreceu a produção em grande escala. A intenção primordial no aumento de oferta de alimentos era de combater a fome, pensava-se que se a produção de alimentos ofertasse um grande excedente seria possível amenizar a problemática da fome.

A Revolução Verde consistiu no desenvolvimento biotecnológico para gerar uma variedade maior de cereais, nesse período iniciou também a utilização de fertilizantes para um melhor rendimento dos vegetais.
A Revolução Verde não conseguiu eliminar o problema da fome, apesar de ter diminuído o problema em países Asiáticos.
A eliminação total da fome através apenas do aumento de oferta de alimentos é impossível, pois o que adianta ter oferta e um amplo estoque, se a maioria das pessoas que passam fome possui renda muito baixa, além do mais os alimentos são vendidos, não oferecidos gratuitamente.
A Revolução Verde favoreceu o aumento da produção, mas por outro lado provocou uma aceleração da desigualdade fundiária, as grandes propriedades rurais possuíam recursos financeiros para se modernizar e acompanhar as novas técnicas e tecnologias, já as pequenas propriedades se encontravam excluídas do processo de modernização, em razão da falta de apoio financeiro e técnico.
Muitas vezes ocorre com esses pequenos proprietários a expropriação, o produtor encontra-se endividado, então para sanar suas dívidas é obrigado a vender sua propriedade, às vezes são os latifundiários que fazem a compra, aumentando ainda mais seu latifúndio.

Na visão ambiental, o desenvolvimento da agropecuária tem provocado ao longo das ultimas décadas profundas alterações no meio ambiente, como o empobrecimento e perda de toneladas de solo, poluição, surgimento de erosões, poluição dos mananciais provocada por agrotóxico, criação de novas áreas de cultivo com derrubadas da cobertura vegetal natural e uma série de graves problemas ecológicos decorrente da prática da agricultura moderna.


Agribusiness


Agribusiness (do inglês, negócios agrícolas), que na prática significa “Agroindústrias”, é o termo utilizado para denominar a fusão da produção primária da Agricultura e pecuária com a indústria, onde ocorre o processamento ou industrialização dos produtos oriundos da Agropecuária. São exemplos de Agroindústria (Agribusiness): laticínio, frigorífico, indústria têxtil, entre outras.


Agrossistemas Alternativos

Representa uma forma de produção ecologicamente correta para amenizar os problemas sociais e ambientais. Nesse sistema, busca-se a eliminação de agrotóxico, que são chamados de produção orgânica, atualmente o produto orgânico tem conseguido um valor mais elevado, o preço maior é devido à qualidade dos produtos, pois são mais saudáveis, não há adição de substâncias químicas, pois o combate às pragas e os fertilizantes são feitos com controle biológico, ou seja, agentes que não são prejudiciais ao organismo e à natureza.
A produção alternativa pratica a policultura (cultivo de várias culturas), jamais a monocultura (cultivo de uma única cultura). Os objetivos são alimentos saudáveis e equilibro ambiental, diminuição do êxodo rural e do desemprego.


Apesar do crescimento da produção orgânica, a agricultura moderna provavelmente não será superada, pois a produção orgânica oferece produtos saudáveis, porém o resultado é baixo e se pensarmos na população mundial, que soma 6 bilhões de pessoas no mundo, não será possível a prática restrita da produção orgânica.


Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola


Fonte: 

 http://www.brasilescola.com/geografia/as-caracteristicas-agropecuaria.htm  acesso em 20/08/12 às 13h44


E, o vídeo:  http://www.youtube.com/watch?v=iWi9WMll7mE   acesso em 20/08/12 às 12h25